As políticas de publicação e vendas de jogos nas lojas digitais da Apple e do Google têm sido alvo frequente de críticas por parte de desenvolvedoras de jogos e softwares. Essas críticas geralmente apontam para as altas taxas cobradas pelas plataformas para listagem e vendas, além de acusações de favorecimento dos próprios produtos das empresas em posições privilegiadas nos anúncios. A Epic Games foi uma das poucas companhias a desafiar essas diretrizes, resultando em uma batalha legal significativa.

Em 2020, a disputa começou quando o fundador da Epic Games, Tim Sweeney, criticou a App Store da Apple e a Play Store do Google, alegando que essas plataformas lucram mais do que os próprios criadores, mencionando especificamente a taxa de 30% cobrada pela Apple em cada compra dentro do jogo Fortnite na App Store. Quando as reclamações não surtiram efeito, a Epic Games incorporou um sistema de pagamento próprio em Fortnite na App Store, o que levou a Apple a banir o jogo de sua loja digital.

Desde então, a Epic Games tem lutado judicialmente contra a Apple e o Google. Embora a Suprema Corte dos Estados Unidos tenha decidido a favor da Apple em janeiro deste ano, a Epic Games obteve vitória significativa na União Europeia. A UE impôs mudanças às lojas digitais das empresas, obrigando-as a permitir que desenvolvedores informem os clientes sobre opções de compra alternativas e direcionem os usuários para essas opções sem cobrar uma taxa sobre as receitas.

Com isso, a Epic Games está otimista quanto ao retorno do Fortnite à App Store da Apple na UE, após submeter o jogo para o processo de revisão necessário. Embora o processo possa levar meses, espera-se que o Fortnite esteja disponível novamente nos iPhones e iPads em breve.

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